Pular para o conteúdo principal

Não é só pelos 33 do Rio Estupra-se todo dia

Não é só pelos 33 do Rio. Há estupros diários e comprovados

No Brasil se construiu a cultura de minimizar a gravidade das coisas em consequência de equívocos pontuais. Age-se pela linha de raciocínio que quem provoca merece. Mas não é bem assim que a banda toca. É preciso um olhar mais amplo, sensível e consequente.

O episódio no Rio de janeiro onde uma jovem de 16 anos teve relações, segundo ela, com 33 homens e que teria sido estupro, enfrenta versão contrária de que teria sido sexo consensual provocado e estimulado por ela em conversas privadas com seu namorado nas Redes Sociais. Ignoremos este caso, por ora, até seu pleno esclarecimento. Mas há estupros TODO DIA.

Já não importa se este caso foi estupro ou não. Importa discutirmos a cultura do estupro que, infelizmente, há no país. No Brasil se estupra uma mulher a cada 11 minutos e isso não pode ser algo ignorado. Ainda que o caso dos 33 tenha sido uma farsa e não tenha passado de uma orgia consensual, serviu para abrir uma discussão que não quer calar.

Ao invés de piadinhas machistas sem noção e insensíveis, deveríamos estar, enquanto homens, tomar postura de machos e rechaçarmos veementemente toda e qualquer manifestação desse tipo. Imaginar uma adolescente entregue a esse tipo de orgia é algo também a se discutir caso este tenha sido o caso. Mas ironizar e, com isso, ferir simbolicamente a alma de milhões de vítimas, não é o mais sensato e humano a se fazer. E nós cristãos temos a obrigação, ainda maior pelos princípios que pregamos e dizemos crer, de sermos as primeiras vozes em oposição a isso.


Já não é mais pelo (suposto?) estupro dos 33. A causa é bem maior

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Somos transportadores de glória ou condutores de conflitos?

   Autor: Teobaldo Pedro de Jesus.  Li o comentário de uma jovem acerca disso e ponderei um pouco. De fato, aqui na Terra como morada do Espírito Santo, somos "transportadores da glória do Pai por onde andarmos" . A pergunta que não quer calar, no entanto é a seguinte: O que estamos fazendo com isso? Muita gente já perdeu a percepção espiritual do que significa levar a glória de Deus através de sua vida por onde andar e passou a confundir isso com mero proselitismo, adoção de usos e costumes ou um "evangeliquês", muitas vezes irritante e completamente distante da prática na vida de quem o usa (e o que os faz parecerem hipócritas - e alguns de fato o são - ao dizerem uma coisa e viverem uma realidade oposta ao que pregam). Para outros um transportador da glória do Pai tem que se manter distante "dos imundos dessa Terra" para "se manter puro e santo". Ao agirem assim incorrem no grave erro se prejulgarem os demais se achando m

Púlpito: Palco de exibicionismo ou altar de transformação?

Teobaldo Pedro de Jesus Para muitos a prática tem sido a primeira opção. Muitos púlpitos se transformaram no lugar da encenação da Graça, da profanação da verdade e da mistificação da fé. Esse local sagrado de onde deveria emanar apenas a palavra, algumas vezes, se torna fonte geradora de ódios, torneira de ressentimentos e mágoas ou alvo de holofotes narcísicos, travestidos de espiritualidade, mas que não passam de neofarisaísmo pós-moderno , cujo objetivo mor é alçar à condição de estrelas pop-gospel seus ocupantes. Talvez por isso o que é mais almejado hoje, em detrimento do conselho do Apóstolo Paulo a seu discípulo Timóteo, não mais a missão do episcopado e pastoreio e sim aposição de destaque no rebanho. Muitos, apesar do discurso, não são mais servos e sim estrelas. Não mais amigos e sim dominadores, apesar de todas as recomendações do Apóstolo Pedro. Quando o púlpito se torna um palco se faz lugar de representação, disfarces e máscaras. A unção é substituída pela at