“Vamos à caça” ou “estou pronta pro crime” são expressões que denotam a cultura em que vivemos, e também absorvida por parte das mulheres. Ao se admitir a existência da "cultura do estupro" não estamos a admitir que todo homem é um "estuprador em potencial", assim como uma mulher que provoca e é sensual não dá a homem algum o direito de estupra-la. Esse tema que parece recorrente e enfadonho para alguns, só não é quando atinge alguém de sua família ou amizade próxima. É preciso rever conceitos prévios os quais induzem a preconceitos estereotipados de ambos os lados. Dos que condenam o estupro e dos que o "justificam" pela conduta.
Precisamos voltar às origens quando homens as respeitava e mulheres se valorizavam. Eles têm o direito de se interessar e aproximar delas. Sendo respeitoso o galanteio não é assedio. Porém, elas têm todo o direito de resistir ou rejeitar isso, caso não lhes interesse. Mulher não é objeto de caça, nem homem é predador e vice-versa. Quando conceitos são modificados para atender a uma conceitualidade moderna que faz a leitura do ser humano a partir de interpretações baseadas em teorias comportamentais, limitamos tal percepção a um universo menor, quando, na realidade, o ser humano é maior e bem mais complexo.
Somos uma sociedade que já transcendeu o matriarcado e patriarcado passando para o nível da igualdade entre homens e mulheres baseada no respeito e cooperação mutua. Ainda percebo muito ódio destilado por mulheres vitimadas ou empatizadas com a dor de outras, enquanto homens ressentidos reagem com selvageria verbal e insensibilidade emocional que bloqueio a empatia cm as vitima de violência se limitando a um discurso superficial de aparente solidariedade, mas cuja verborragia sequencial revela mágoa, ira e ressentimento, quando não ódio
Homem e mulher não são adversários, mas parceiros na construção de uma sociedade mais justa., movida por dignidade e respeito mútuos. Consentimento não configura crime, mas se produzido sob alguma forma de opressão, ameaça ou chantagem é crime e é violência sim. Exemplo disso é se aproveitar do vício de alguém para explora-la sexualmente. Os fatos recentes serviram para abrirmos os olhos. É hora de mudar
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