Bela, recatada e do lar ou bela, ousada e o que mais quiserem?
Teobaldo Pedro de Jesus
Muitas reagiram ao "bela, recatada e do lar", politizando isso de modo desproporcional. Mas, nada dizem sobre a postura da esposa do novo Ministro do Turismo, que, com fotos sensuais recentes postadas, se diz a primeira dama do turismo do Brasil, reforçando o estereótipo equivocado que se tem da mulher brasileira lá fora. Estrangeiros, quando se referem ao turismo no Brasil remetem ao futebol, o carnaval e mulheres. Reafirmo que ser recatada e do lar é algo digno e não algo do que se deva ter vergonha, mas sim algo para se ter alegria, pois tipifica a opção de conduta da maioria de nossas mulheres. E se algumas optam por serem belas, recatadas e ousadas ou que mais quiserem ser, isso é problema de cada uma delas. Mas, não dá o direito de zombar ou criticar milhões que optam por um estilo de vida mais intimista de recato familiar.
O curioso é que, ao se criticar a frase que designa não apenas Marcela Temer, mas a grande maioria de nossas mulheres, se comete a mesma injustiça excludente de intolerância que se pretende combater. O ex-presidente Lula, em conversas vazadas, mais de 2 vezes se referiu às mulheres em tom de piada e usou jargões machistas. Isso, no entanto, foi oportunamente suavizado pelas feministas de plantão a serviço do mesmo, chegando ao ponto da Ex-ministra Maria do Rosário ter dito em entrevista que "não se sentia ofendida, por algo dito em conversa reservada". Que absurdo! Machismo é machismo, não importa em quais contextos ou ambientes seja dito ou praticado. Pode ser no recôndito da alcova ou diante de uma câmera de TV. Mas, pelo que percebo é superdimensionado o que vem de “gente da direita". Já o que sai do pessoal da esquerda não pesa tanto, ainda que seja machista.
Creio que quem politizou frase tão comum perdeu a chance de levantar discussão, a meu ver relevante, que seria atentar ao fato de que muitas mulheres hoje são recatadas e do lar, mas vivem à sombra da sociedade que não lhes dá o devido valor por considerar de menor expressão e importância este serviço ímpar que é o de ser educadora e ecônoma da família, como o foram nossas mães e avôs. Desperdiçaram a chance de erguer uma discussão bem mais relevante e menos oportunista sob a ótica do momento político, forçando uma interpretação politizada sobre algo tão simples que fez parecer que "ser bela, recatada e do lar", seria algo ruim. Por mais que me esforce não consigo ver na frase nenhum viés de politização sobre qual seria o papel e lugar ideal da mulher.
Está mais do que na hora sim das mulheres retomarem seu papel de ser o que são, femininas bem mais que feministas. Menos competidoras e mais colaboradoras. Macho e fêmea têm similar importância, cada um desenvolvendo sua parte no cenário da construção desse pedaço do tecido social chamado FAMÌLIA. Por isso, agradeço a Deus por todas que, trabalhando fora ou não, tendo profissão ou não, conseguem permanecer sendo belas para os seus, mantendo o recato de quem optou por seu lar, sua família. E ninguém pode lhes roubar este direito.
Quando queremos politizamos tudo, até o cocô que fazemos. A mulher ser recatada e do lar encontra, SIM, respaldo na Palavra de Deus. Algumas podem até não serem esteticamente belas nos padrões contemporâneos da ditadura da beleza estilizada pela indústria da moda, mas se possuem a essência de Cristo estas se fazem belas em seu caráter que repercute em suas ações.
Outra coisa que precisa ser pontuada é que o uso de uma imagem feminina para reforçar um estereótipo é algo feito, abusivamente, por todos no mundo midiático, principalmente em épocas eleitorais. E ignorar isso é, no mínimo, hipocrisia. Quem achar que exagero reveja vídeos e fotos da campanha de 2014.
1 Pedro 3:1-6 - Do mesmo modo, mulheres, sujeitem-se a seus maridos, a fim de que, se alguns deles não obedecem à palavra, sejam ganhos sem palavras, pelo procedimento de sua mulher, observando a conduta honesta e respeitosa de vocês. A beleza de vocês não deve estar nos enfeites exteriores, como cabelos trançados e jóias de ouro ou roupas finas. Pelo contrário, esteja no ser interior, que não perece, beleza demonstrada num espírito dócil e tranqüilo, o que é de grande valor para Deus. Pois, era assim que também costumavam adornar-se as santas mulheres do passado, que colocavam a sua esperança em Deus. Elas se sujeitavam a seus maridos, como Sara, que obedecia a Abraão e lhe chamava senhor. Dela vocês serão filhas, se praticarem o bem e não derem lugar ao medo.
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