Pular para o conteúdo principal

Impeachment: É golpe ou não?

Perguntam-me em off se considero que é golpe o impeachment. Darei minha singela opinião acerca do assunto. Antes, porém, saliento que a crise que ora enfrentamos, bem mais que moral, política, econômica ou social é, sobretudo, espiritual. Precisamos nos voltar mais para Deus.

Podemos não concordar com alguns aspectos do processo de Impeachment contra Dilma, mas chamar de golpe é puro oportunismo retórico ou má fé. O processo respeitou a Constituição e foi endossado pelo STF. Chamar de Golpe é duvidar da idoneidade do Legislativo e do Judiciário. E o PT é pródigo nisso. Apoiou o impedimento de Collor em 1992, mesmo com provas insuficientes, e este foi inocentado 22 anos depois por este motivo. Mas foi cassado com total apoio do PT que levou milhões às ruas, com raiva pela derrota sofrida contra Collor. Na época não era golpe. Agora é? Conta outra! Collor também fora eleito democraticamente, embora mentindo ao eleitor como o fez Dilma.

Dilma omitiu fatos durante a campanha. Disse que não aumentaria luz, gasolina e etc e afirmou que a inflação e o desemprego estavam sob controle. Muitos chamam isso de "estelionato eleitoral" contra o povo. Por conta disso muitos sonhos de homens e mulheres de bem que acreditaram nela foram destruídos com a crise que veio a seguir. Enquanto isso alguns ligados ao seu Governo roubaram milhões e esses mesmos hoje falam em golpe, após terem ficado ricos e arrogantes. Mas caiu sua altivez.

Por outro lado, parte da juventude estudantil brasileira perdeu a capacidade de racionalizar e se tornou "robótica". Trocou o pensamento crítico imparcial e independente por uma conduta de pensamento único, levados como inocentes úteis, massa de manobra ideológica e fantoches que não enxergam abusos no Governo ou no PT, e só veem os erros da oposição. Falta isenção. Confirmados os 180 dias de afastamento da Presidente Dilma, isso servirá para revelar muita coisa ao Brasil. Porém, trará à luz muito mais sobre qual de fato é o cárater da atual oposição, que será Governo, assim como sobre o daqueles que hoje são a base do Governo petista e que será, pelo menos por 6 meses, a oposição.

OREMOS, muito, PELO BRASIL. Esta crise tem que acabar. O Brasil precisa orar. Fiquem na paz de Cristo. Lembre-se de que há uma crise maior, a espiritual. Não perca este foco. Oremos.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Somos transportadores de glória ou condutores de conflitos?

   Autor: Teobaldo Pedro de Jesus.  Li o comentário de uma jovem acerca disso e ponderei um pouco. De fato, aqui na Terra como morada do Espírito Santo, somos "transportadores da glória do Pai por onde andarmos" . A pergunta que não quer calar, no entanto é a seguinte: O que estamos fazendo com isso? Muita gente já perdeu a percepção espiritual do que significa levar a glória de Deus através de sua vida por onde andar e passou a confundir isso com mero proselitismo, adoção de usos e costumes ou um "evangeliquês", muitas vezes irritante e completamente distante da prática na vida de quem o usa (e o que os faz parecerem hipócritas - e alguns de fato o são - ao dizerem uma coisa e viverem uma realidade oposta ao que pregam). Para outros um transportador da glória do Pai tem que se manter distante "dos imundos dessa Terra" para "se manter puro e santo". Ao agirem assim incorrem no grave erro se prejulgarem os demais se achando m

Púlpito: Palco de exibicionismo ou altar de transformação?

Teobaldo Pedro de Jesus Para muitos a prática tem sido a primeira opção. Muitos púlpitos se transformaram no lugar da encenação da Graça, da profanação da verdade e da mistificação da fé. Esse local sagrado de onde deveria emanar apenas a palavra, algumas vezes, se torna fonte geradora de ódios, torneira de ressentimentos e mágoas ou alvo de holofotes narcísicos, travestidos de espiritualidade, mas que não passam de neofarisaísmo pós-moderno , cujo objetivo mor é alçar à condição de estrelas pop-gospel seus ocupantes. Talvez por isso o que é mais almejado hoje, em detrimento do conselho do Apóstolo Paulo a seu discípulo Timóteo, não mais a missão do episcopado e pastoreio e sim aposição de destaque no rebanho. Muitos, apesar do discurso, não são mais servos e sim estrelas. Não mais amigos e sim dominadores, apesar de todas as recomendações do Apóstolo Pedro. Quando o púlpito se torna um palco se faz lugar de representação, disfarces e máscaras. A unção é substituída pela at