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E se, de repente, Temer der certo? E aí?

Teobaldo Pedro de Jesus

Em 1992 partidos, de direita e esquerda, se uniram para cassar Fernando Collor, quase toda a esquerda dizia que Itamar seria um fracasso. E o partido que mais vaticinava isso era o PT. Pois bem, Itamar entrou, cometeu algumas barbeiragens, mas nos deu de presente a estabilidade econômica através do Plano Real criado pela equipe de Pérsio Arida e depois assumida a paternidade por FHC. Vale lembrar que Collor foi "inocentado" pelo STF 22 anos depois e se tornou um importante aliado do PT, assim como Sarney, outro desafeto deles. Mas a política tem dessas coisas surreais e inexplicáveis. Ela produz alianças num dia e as desmantela no outro, tornando aliados os inimigos e vice-versa. Agora, vá entender!

O PT, para não ser incoerente à sua torcida da época do quanto pior melhor, em relação ao Governo Itamar, votou e lutou contra o Plano Real. Felizmente eles perderam. Mas veja que ironia: 20 anos depois o PT, sob Lula, surfava nas ondas cristalinas da moeda estável e do saneamento das contas das ex-estatais deficitárias, sem que em momento algum fizesse um mea culpa admitindo que errara, pois Itamar deu certo com o Real.

E se, por força de circunstância, Temer acertar a mão, estabilizar a Economia, mantiver Programas Sociais em dia, apazigue o campo e conquiste a confiança dos brasileiros, do Mercado e dos investidores estrangeiros? Enfim: E se ele der certo? Que dirão?

De fora, como mero observador que em nada influi diretamente, torço para que os próximos 180 dias sejam de paz e prosperidade. E se teremos outra eleição ou não, o futuro dirá. A verdade que realmente importa para mim não é ideológica, partidária e nem política. É realista! Precisamos sair dessa maldita crise, seja pela mão de quem for, porque o país já não aguenta. Deus abençoe a quem lê, a mim e a todo o Brasil. Shalom.

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