Autor: Teobaldo Pedro de Jesus
Quando
montes se abalam, a terra treme, rebanhos são roubados no campo e
plantações são saqueadas ou queimadas só nos restam duas escolhas: O
caminho do desespero ou o da confiança no Deus da nossa SALVAÇÃO.
Escolha! Em Habacuque 3:17-19 lemos: "Ainda que as figueiras não
produzam frutas, e as parreiras não deem uvas; ainda que não haja azeitonas
para apanhar nem trigo para colher; ainda que não haja mais ovelhas nos
campos nem gado nos currais, mesmo assim eu darei graças ao Senhor e
louvarei a Deus, o meu Salvador. O Senhor Deus é a minha força. Ele
torna o meu andar firme como o de uma corça e me leva para as montanhas,
onde estarei seguro."Eu me acostumei na vida a perder e a ganhar, a ser surpreendido com coisas boas e más, a receber manifestações de amizade, gratidão, lealdade e aliança de onde menos esperava e ser impactado com o inverso disso também. Compreendi, vencendo ou perdendo, que a vida é feita da soma de ambos, perdas e ganhos, e não somente de uma dessas coisas. A vida tem me ensinado que ser feliz, de verdade, passa obrigatoriamente pela compreensão, aceitação e submissão plena, sem reservas, à Soberania de Deus em nossa vida.
O mundo em que vivia e interagia o profeta Habacuque era uma sociedade agro-pastoril e dali provinham as riquezas do povo de sua época. Portanto, ele vincula prosperidade à presença do Senhor como soberano em nossas vidas e não necessariamente ao êxito econômico pessoal, familiar ou nacional de seu país.
A visão de Habacuque transcende o natural, o óbvio e adentra o misterioso universo da fé, o mundo daqueles que vislumbram a glória e presença de Deus em suas vidas como o sendo seu maior tesouro. Ele compreendia que a alegria do Senhor é a nossa força e que seria através disso, dessa convicção, que encontraríamos forças para superarmos perdas, abandonos ou fracassos pessoais, na superação de realidades que nos induzissem a recomeços e triunfos existenciais. Contudo, em seu livro ele sugere de modo implícito que, mesmo essas coisas não vindo a ele nessa vida, a soberania de Deus sobre a mesma ainda seria o seu maior triunfo, êxito e razão primária de felicidade.
Realmente era um grande profeta esse Habacuque, nosso contemporâneo no universo das idéias e sem com isso cometer “suicídio intelectual”. Ele clama por um avivamento que comece de dentro para fora e não por agentes externos aparentes. Ele pede que o Senhor nos avive no coletivo: “Aviva-nos!” E pede isso no tempo e no espaço, no meio dos anos, entre lutas e tribulações. Não precisamos de “tempo bom” para buscarmos ao Senhor. A hora é agora e o momento é este. Busquemos ao Senhor. É tempo de Avivamento!
Teobaldo Pedro é teólogo, pastor batista, psicanalista e educador em Juazeiro-BA.
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