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Casamentos ruins, vidas infelizes? Só se você quiser!


Autor: Teobaldo Pedro de Jesus.

Um mau casamento é como uma praga na vida de um ser humano. É como um peso maldito a ser carregado pela vida afora, posto que ninguém casa pra ser infeliz. Acontece que muita gente casa sem conhecer, ter quase nada em comum ou amar de verdade ao outro. Casa-se por medo da solidão e ficar só - agora e na velhice - carência afetiva, conveniências sociais e status quo, uniões econômicas, motivações religiosas e, principalmente, por desejos e motivações sexuais, equivocadamente chamada por muitos de amor romântico. Casais que se unem motivados por esses interesses,ou similares a eles, estão indo numa direção de morte. Esta primeiro interior, pela auto-satisfação que não se concretizará em uma relação que se mostrará ruim, cedo ou tarde, por não ter sido construída em bases sólidas e verdadeiras.

Quando razões menores, egoístas e mesquinhas movem uma decisão desse nível, a dor será constante, o sofrimento permanente e o desejo de morte, não necessariamente de tirar a própria vida, mas de morrer para escapar da prisão que o matrimônio se tornou, será uma constante arma acionada todo o tempo a sabotar a integridade, ameaçar a dignidade e o conjunto de valores que sempre nortearam uma vida, a qual abalada e acuada pode ser levada a quebrar conceitos arraigados dentro de si indo em rota de morte, outrora repudiada e condenada em outros que a seguiram.

Um casamento não se mantém firme de forma saudável e gratificante por causa de dinheiro, sexo, amizade, poder, gratidão ou algo semelhante a isso. O que manterá uma união estável, sólida, permanente de verdade e de modo satisfatório será algo que só é construído ao longo da relação e que não se compra com dinheiro, desejo sexual, beleza ou influência resultante da união. Falo de algo sólido, embora imaterial e abstrato. Algo que é real e tangível na alma de quem tem isso. Eu me refiro: Ao amor que se transforma em ALIANÇA.

Um amor associado com um profundo senso de pacto mútuo, consubstancia a clássica promessa feita no altar de estar lado a lado "na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza". Um amor que estremece, "enverga", balança forte, mas não quebra ou sucumbe, pois terá raízes profundas e construídas sobre uma base relacional onde imperam o respeito mútuo, franqueza, transparência, sinceridade e a verdade, aliados a um compromisso mútuo de resgate, em tempos de perdas de si mesmo, do prumo da própria vida ou desnorteio nas decisões e ações da vida.

O resgate só virá com uma aliança que não desista do outro, ainda que feridos, magoados, ou mesmo traídos. Uma aliança que tipifica o amor de Cristo por Sua Igreja, o qual não desiste de nós quando o ferimos pecando. E que ao invés de nos abandonar, vem ao nosso encontro, trata com terna firmeza e faz compreender a profundidade de nossos erros e ao mesmo tempo a grandeza do Seu amor por nós. É disso que Paulo fala em Efésios 5. De um amor que restaura, limpa, refaz a dignidade, remove a mácula e a vergonha, simplesmente por ter uma aliança, fiel, duradoura e verdadeira que se transformou em cuidado e proteção mútuas. Ame assim e serás feliz.

Portanto, ainda resta a esperança viva e eficaz para a restauração de um casamento visto como "um caso perdido". Ela está em Cristo Jesus, com Sua Palavra, princípios e valores, sendo posto em primeiro lugar. Não apenas como a base principal, mas como a BASE ÚNICA, na reconstrução de algo que se deteriorou por estar construído sobre bases falsas e frágeis. Jesus disse que o homem que constrói a sua casa sobre a Rocha jamais será abalado. E o Salmo 125 diz que os que confiam no Senhor são comparáveis a um monte inabalável. São firmes e contastes!

Reencontre-se consigo mesmo por meio de Cristo Jesus. Peça a ajuda d'Ele e que perdoe o seus pecados. Todos eles! Peça que entre em seu coração e assuma o senhorio da tua vida, que já não te pertencerá mais e sim a Ele. Peça a cura das suas feridas e as de seu cônjuge. Perdoe com a mesma medida que almeja receber perdão. Apague tudo que gerou ferida, perdas, decepções e fracassos. Reencontre o caminho da fé em Deus e na Sua Santa Palavra. Refaça-se em Cristo! Converse com a pessoa que você se casou. Revele o que você fez, sente, pensa e o quanto deseja, em Deus, que seu casamento dê certo. Após isso, seja humilde e peça perdão por seus erros. Mas sem apontar os erros da outra parte, deixando que o outro tenha sua própria catarse de libertação de dores, feridas e traumas erigidos na alma (talvez bem antes de entrar nessa relação). Perdoe pra ser perdoado.

Depois disso tudo, se possível, procure ajuda em pessoas maduras, espiritualizadas e experientes o suficiente para aconselhar, orientar e conduzir vocês na (re)construção e condução nessa nova estrada, difícil e árdua, mas não impossível de ser transitada a dois, em amor sincero, respeito mútuo e constante propósito de mudança e crescimento a dois. Desejo que você e seu par encontrem forças para fazer isso e que Deus os abençoe. Shalom.

http://familia.com.br/7-razoes-que-explicam-porque-voce-deve-salvar-seu-casamento

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