Teobaldo Pedro de Jesus
No entanto, aprender a lidar com a morte é o que nos habilita e tornará aptos para aceitar e compreender a vida. Isso se olharmos para a morte não como a cessação da vida, mas sim um salto rumo ao desconhecido, ao novo, a um recomeço sob um novo prisma e paradigmas absolutamente divergentes daquilo que consideramos importante e essencial aqui na Terra.
Para o ser humano comum a vida só é completa quando ele tem as coisas que deseja e acredita que o fará feliz, além de estar cercado de gente que o ama, ou que pelo menos diga amá-lo de modo convincente, e faça se sentir bem com isso. Contudo, na imensa maioria das vezes não é exatamente isso o que acontece.
A vida é um presente de Deus, com bilhete único e sem direito de repetição. Vivê-la de modo digno e com excelência implica compreender que cada instante que inspiramos, suspiramos ou expiramos pode se tornar o último de nossa existência. Assim, valorizar cada momento, cada situação e, sobretudo cada ser com o qual interagimos é de fundamental importância para aquilo que chamamos de crescimento, desenvolvimento ou evolução do ser pessoal, este interior e absoluto, aquele que de fato somos sem máscaras ou produções relacionais disfarçadas.
Aceitar a realidade iminente da morte sob a percepção da nossa finitude existencial é o que, por certo, nos ajudará a compreender o outro e valorizar sua presença em nossa vida, numa troca mútua e constante de experiências, aprendizados, dúvidas, medos, angustias, alegrias e, sobretudo sonhos e esperanças.
Aprenda com a morte, que tudo encerra e nos faz rever conceitos, refazer lista de prioridades, para que possas adquirir essa urgente necessidade de saber dar valor ao que realmente importa nessa vida que só viveremos uma única vez. Deus te abençoe e ajude a viver cada dia dando o melhor de si, como se fosse o último.
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