Teobaldo Pedro de Jesus
Tenha cuidado com a hostilidade sutilmente armazenada em sua alma, ferindo e fragilizando suas emoções, como magma destruidora de um vulcão
de frustrações e sonhos falidos prestes a explodir destruindo e arrastando tudo
ao seu redor. O mundo esta cheio de gente assim: Hostil. Em geral boas pessoas
que não vigiaram em suas emoções e foram guardando dentro de si perdas,
tristezas, medos e inúmeros outros sentimento de fracasso não contabilizados,
racionalizados e friamente ponderados e expurgados do ser, para que não lhe
fizessem mal.
Ao invés disso guardam dentro de si tais sentimentos,
ocultos sob o manto da falso perdão e compreensão, que na verdade não passa de
ira, mágoa, desejo velado de vingança e outros sentimentos disfarçados. E
então, isso um dia ocorrendo ou não, a matéria emocional autodestrutiva eclode
com toda força matando primeiro a autoestima do seu portador e por tabela
alcançando, em graus menores ou maiores, todos à sua volta.
A hostilidade não se estimula somente com atos de violência
ou palavras agressivas. Ela também está presente no olhar, na indiferença e até
mesmo nas coisas que não fazemos e nos omitimos. Toda hostilidade é um ato de
agressão e afronta à soberania emocional do outro. Saiba que um ato hostil pode
ser involuntário ou algo friamente calculado e planejado com o objetivo claro e
específico de ferir e magoar o outro. Saber lidar com divergências de
pensamento, visão de mundo e opinião é uma forma inteligente e sábia de não
permitir que sentimentos hostis surjam, brotem, floresçam, cresçam e
frutifiquem dentro de nós. Por outro lado saber admirar, reconhecer e respeitar
p sucesso e qualidades do outro pode funcionar como uma vacina que neutraliza o
armazenamento de sentimentos hostis originados na repulsa, inveja e rejeição os
quais podem eclodir um belo dia, de modo inesperado, e causar danos
irreparáveis.
Portanto é preciso ter cuidado com essa hostilidade
planejada, pois ela revela uma alma ferida e angustiada, magoada e raivosa que
se tornou vingativa a ponto de desejar, a qualquer custo, ferir e magoar o
outro. Ao invés de alimentarmos e estimularmos a animo0sidade agressiva pela
hostilidade, declarada ou não, que tal alimentarmos bons relacionamentos nos
quais a tolerância e o perdão brotem como fruto de um amor real em torno do
qual gravite a essência da vida que é Deus. Pense um pouco a respeito disso e
abandone a ira que estimula o surgimento de um sentimento hostil dentro de
você. Shalom
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