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Priorize sua felicidade, mas não abra mão de princípios


Teobaldo Pedro de Jesus 

Felicidade é a coisa mais almejada na vida de todo ser humano e o desejo de se realizar e ser feliz nos é comum a todos. Porém, o conceito do que seria felicidade varia de cultura para cultura e de pessoa para pessoa. Essa linda palavra designa um desejo latente em todos nós humanos de se sentir bem, em paz e ajustado à realidade de um modo continuamente satisfatório e prazeroso com aquilo que julgamos nos ser essencial sendo suprido.

É justamente nesse contexto que a percepção do que seria ser feliz muda em cada ser. Para um religioso espiritualista ser feliz é estar em ascensão espiritual interior alcançando um ponto de equilíbrio no controle das suas emoções capaz de ajudar a desenvolver relacionamentos interpessoais sem conflitos, sem ofensas e sem efeitos traumáticos pelo que fez ou faz o outro contra si mesmo, além de aprender a lidar com perdas e danos ocorridas durante a sua vida com resiliência e conformação acética.

Priorizar a própria felicidade é decidir ser o protagonista da própria vida buscando viver aquilo que te realiza em essência e faz se sentir bem. Porém, não implica fazer algo ilícito, imoral ou reprovável apenas pelas boas sensações que isso proporcione. Vai bem além disso. Inclui optar por uma vida na qual princípios e valores não precisem ser abandonados, mas em que também em nome dele não se abra mão de buscar caminhos que levem a lugares interiores nos quais a existência seja bem melhor.

Creio que só vivemos uma única vida e não várias. Daí, precisamos vivê-la bem. Descobrir o que nos faz bem e trás mais que mera sensação de bem-estar, muitas vezes confundida com Felicidade, deve ser prioridade sempre. No dia em que encontrarmos o centro do eixo de nossa vida e descobrirmos a paz interna e equilibrada com o mundo exterior, apesar da barbárie que nos cerca, aí teremos encontrado o ponto de convergência que nos dará mais que uma sensação, a verdadeira paz.

Particularmente não consigo conceber o alcance desse nível de realização essencial abdicando-se da crença em um Deus pessoal e de com Ele se relaciona. Até mesmo o sábio secular Platão advogava a necessidade de nossa relação com o que ele chamava de Absoluto e que eu prefiro chamar de meu Deus.

Desenvolver um bom equilíbrio mental ajustado a um corpo saudável era o que defendiam os romanos antigos ao dizer “mens sana in corpore sano.” Eu porém, vos digo que mais absoluto ainda seria ir além desse patamar e buscar ter um espírito saudável, pela busca, descoberta e ajuste no relacionamento com um Deus pessoal que de fato existe e se importa conosco. Não vejo outro caminho para a felicidade que não inclua Deus em nós. Pensemos nisso e ajustemo-nos n’Ele, por que d’Ele, por Ele e para Ele são todas as coisas. Glória pois a Ele eternamente amém.

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