Teobaldo Pedro de Jesus
Uma alma assim será sempre sensível demais. Ao menor sinal de ofensa ou rejeição se sentirá agredida e ferida, ainda que o suposto agressor não tenha tido tal intenção. Ocorre que alguém assim estará predisposto ao ultraje. Em geral as acusações de agressão, por parte destes, são sempre baseadas em um parecer pessoal, temerário e inconsistente.
Porém, nada disso justifica desqualificar o discurso da dor presente em quem estiver ferido na alma. Nunca subestime àquele que diz: “Está doendo!”. Pode até parecer, uma grande bobagem aos seus olhos, uma coisa pequena ou insignificante, mas para pessoa que, está machucada pela vida será uma enorme dor e tudo o que sente será verdadeiro.
É muito fácil julgar o outro quando se diz bloqueado em expressar afetividade nos relacionamentos. Porém, quando somos nós mesmos as vítimas de nossa sensibilidade excessiva, aí nos sentimos invadidos, agredidos e insultados em nossa estrutura emocional. Aconselho a tais pessoas que façam um autoexame de como têm lidado com a dor e limitações alheias para que compreendendo o outro possa se enxergar como de fato é. E que assim entenda melhor o cenário das suas relações interpessoais, ou seja, perceba claramente o rigor ou não com que tratam aos outros quando estes reagem com atitude igual.
Lembre-se que a dor que dói mais, por menor ou mais intensa que pareça ser a qualquer um, será sempre a dor individual de cada um de nós. E o motivo é muito simples: Ela dói em mim! Assim, não julgue, nem condene ou despreze a quem cuja dor é mais forte do que a sua racionalidade e não erre em compreender a necessidade de se expressar efetividade.
Dê a esse alguém exatamente o tipo de afeição, atenção, compreensão, amor e carinho que você espera receber de quem amas e é importante em sua vida. Afinal, esse foi o conselho do Sábio Jesus: que só fizéssemos aos outros aquilo que desejamos que também fizessem conosco. Jesus sempre estará profundamente interessado no ferido e aflito de coração. Foi Ele quem disse “vinde a mim todo os cansados e oprimidos que eu vos aliviarei”. Pensemos nisso. Shalom.
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