Autor: Teobaldo Pedro de Jesus
Nesse 25 de julho, presto aqui a minha singela homenagem aos mestres das palavras, OS ESCRITORES. Em sua maioria artesãos das letras. Homens sensíveis, atentos e inteligentes, que procuram dar o melhor de si a cada gênero abraçado, nos trazendo sonhos, nos levando a transpor horizontes, cruzar fronteiras desconhecidas e revelando mundos alternativos os mais variados possíveis. Com eles aprendemos a enxergar a realidade factual ou possível, somos levados e ensinados a pensar, ponderar, questionar e, principalmente, conceber o mundo de outra forma transformando-o por uma autopercepção mais ampla e profunda do ser, inserido na sociedade e na História, no tempo e no espaço. Vejo-os na metáfora das palavras como sementes e vidas como diferentes solos. E cada um requer algo especial.
Um solo pedregoso requer ser revirado, exposto e posto às avessas a fim de revelar a força da fertilidade oculta sob as pedras que o embrutece.
Em solos baldios ou abandonados é preciso que alguém lhes dê a importância devida, recolha o entulho acumulado sob a superfície - e que os torna feios, malcheirosos e indesejáveis, impedindo que se veja sua pujança e fertilidade. Após ser limpo, onde quase nada brotava, por estar obstruído com restos indesejáveis lançados vida afora, florescerá vida. isso ocorre quando se acredita em seu potencial, os limpa e semeiam neles boas sementes. Isso os transforma em verdadeiros jardins de beleza, fertilidade escancarada e pulsante vida.
Existem também os solos áridos e desérticos que requer irrigação, adubação especial e - em alguns casos - ser misturado a outros tipos de solos.
Há os solos que se encontram cobertos por vegetação egoísta, que não permite que mais nada floresça e essa precisa ser extiprada para dar lugar à vida que se reproduz permitindo que alimentos cresçam nele.
Por fim, existe os solos férteis, aptos para serem levemente escavados e tocados recebendo a boa semente, a qual se reproduzirá sob a forma de frutos que gerarão ainda mais vida e alimentará a muitos, gerando e atraindo riquezas e esperança. São ótimos para reproduzir vida.
Enfim, assim como a semeadura de uma futura plantação requer cuidados, observação atenta, um processo seletivo na escolha e qualidade da semente a ser usada e uma semeadura apropiada, de igual modo ocorre com as palavras. Elas são sementes lançadas sobre o mundo, sobre a vida, sobre a história de muitas pessoas. Uma semente má pode gerar morte, porém uma semente certa pode trazer vida, e vida em abundancia sobre o coração onde fois emada. É preciso, portanto, muita sabedoria, atenção, sensibilidade e respeito ao solo do coração e emoção alheios, antes de semea-las. Obrigado a cada um desses magnfícios artistas das letras. Desde o primeiro que rabiscou alguma caverna em tempos distantes, ao mais moderno e cibernético de hoje. Dos que publicam aos que virtualizam sua obra e pensamentos. A todos vocês o meu muito obrigado. Parabéns por seu dia, ESCRITORES. Vocês são semeadores de sonhos. Salve o 25 de Julho.
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