Pular para o conteúdo principal

O diálogo de algumas das 99 ovelhas que ficaram no curral

Imaginemos que as ovelhas pudessem se comunicar verbal e inteligentemente entre si e que entre as 99 ovelhas deixadas em segurança pelo pastor cuidadoso que partiu em busca da centésima ovelha existissem algumas que fossem feridas de alma, insatisfeitas, desistidas ou simplesmente maledicentes. Então, vamos lá... Pastor - Queridas ovelhinhas fiquem tranquilas estou deixando vocês em segurança e vou partir em busca da irmãzinha de vocês que está desaparecida. Espero voltar logo. Ovelha 1 - Irresponsável! Essa ingrata só vive fugindo e dando trabalho a ele. E agora ele nos deixa aqui expostas ao perigo e sai atrás dessa fujona, irresponsável e ingrata. Ovelha 2 - Amigas, vamos aproveitar a ausência deles e aprontar todas. Hello! Será que não perceberam que ele só dá atenção às ovelhas que aprontam muito. Rebeldia já! Ovelha 3 - Por mim a gente aproveitava a oportunidade e fugia era daqui. Deve existir, em algum lugar, um outro pastor melhor e mais atencioso que esse nosso. Fujamos! Ovelha 4 - Eu estou é muito desconfiada de qual será o real tipo de relacionamento que ele tem com essa fujona. isso tá me cheirando muito mal. Sei não viu. Aí tem! Ovelha 5 - Vai ver ela deve encher ele de presentes e por isso "esse amor todo." Ovelha 6 - Ela é puxa-saco do pastor. E ele só dá valor a quem bajula ele. Ovelha 7 - Discordo de vocês, pois se eu estivesse no lugar dela eu iria gostar de saber que há um pastor cuidadoso, atencioso e amoroso que iria tentar me resgatar. Isso é só uma hipótese sob forma de fábula. Mas é mais ou menos o que percebemos hoje em dia em muitas Igrejas: Egocentrismo, individualismo e superficialidade. Falta de amor e generosidade para com o outro. É tempo de revermos isso urgentemente.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Somos transportadores de glória ou condutores de conflitos?

   Autor: Teobaldo Pedro de Jesus.  Li o comentário de uma jovem acerca disso e ponderei um pouco. De fato, aqui na Terra como morada do Espírito Santo, somos "transportadores da glória do Pai por onde andarmos" . A pergunta que não quer calar, no entanto é a seguinte: O que estamos fazendo com isso? Muita gente já perdeu a percepção espiritual do que significa levar a glória de Deus através de sua vida por onde andar e passou a confundir isso com mero proselitismo, adoção de usos e costumes ou um "evangeliquês", muitas vezes irritante e completamente distante da prática na vida de quem o usa (e o que os faz parecerem hipócritas - e alguns de fato o são - ao dizerem uma coisa e viverem uma realidade oposta ao que pregam). Para outros um transportador da glória do Pai tem que se manter distante "dos imundos dessa Terra" para "se manter puro e santo". Ao agirem assim incorrem no grave erro se prejulgarem os demais se achando m

Púlpito: Palco de exibicionismo ou altar de transformação?

Teobaldo Pedro de Jesus Para muitos a prática tem sido a primeira opção. Muitos púlpitos se transformaram no lugar da encenação da Graça, da profanação da verdade e da mistificação da fé. Esse local sagrado de onde deveria emanar apenas a palavra, algumas vezes, se torna fonte geradora de ódios, torneira de ressentimentos e mágoas ou alvo de holofotes narcísicos, travestidos de espiritualidade, mas que não passam de neofarisaísmo pós-moderno , cujo objetivo mor é alçar à condição de estrelas pop-gospel seus ocupantes. Talvez por isso o que é mais almejado hoje, em detrimento do conselho do Apóstolo Paulo a seu discípulo Timóteo, não mais a missão do episcopado e pastoreio e sim aposição de destaque no rebanho. Muitos, apesar do discurso, não são mais servos e sim estrelas. Não mais amigos e sim dominadores, apesar de todas as recomendações do Apóstolo Pedro. Quando o púlpito se torna um palco se faz lugar de representação, disfarces e máscaras. A unção é substituída pela at