Pular para o conteúdo principal

Para que serve O jejum?


Autor: Teobaldo Pedro de Jesus.

Quando jejuamos amortecemos o poder da carne sobre nós e abrimos portas para um agir maior de Deus, mais profundo, intenso, revelador e transformador em nós por meio do Seu Espírito Santo. Entretanto, vale salientar que o jejum por si mesmo não mudará absolutamente nada se atrelado a este não vier uma vida de entrega, busca do Espírito Santo e da santificação em Deus, buscando conhecer e cumprir a Sua Palavra em nós, sem restrições ou limites.

Muitos jejuam para vencer lutas internas na alma e superar problemas. Só que existem "problemas" e problemas. Alguns são gerados por nós mesmos ao escolhermos pecar e outros são normais os quais enfrentamos na vida. Alguns destes nos são inevitáveis e independem de nosso querer, porém, alguns "outros problemas" que temos são fruto de nossa inconsequência, irresponsabilidade, quebra de princípios ou distanciamento dos valores do Reino constantes na Palavra de Deus.

Jejum é morte que gera vida pela mortificação da carne, com seus anseios, inclinações e desejos, trocadas pelo enfraquecimento destes em função do imergir em Deus na busca da santidade no Espírito Santo.
Nesses casos é preciso um acompanhamento que nos ajude a compreender se a origem desses tais "problemas" em nós têm sua origem na falha de caráter (nossa essência de alma) ou em uma total falta de disciplina, que redunda em comportamentos "compulsivos".

DISCIPLINA pela e NA PALAVRA é a FÓRMULA PARA VENCER A CARNE com suas inclinações pecaminosas egoístas em busca de auto-prazer. E isso requer mortificação desta com seus desejos, seja ira, inveja, ódio, imoralidade sexual, bebedices, glutonarias ou qualquer outro. Mortificar o “eu”, “matar a carne” (suas obras e desejos) não é tarefa fácil. Mas com a ajuda do Espírito Santo isso é possível. Vale recordar o que nos diz Gálatas 5:19 a 21: "Ora, as obras da carne são manifestas: imoralidade sexual, impureza e libertinagem; idolatria e feitiçaria; ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissensões, facções e inveja; embriaguez, orgias e coisas semelhantes. Eu os advirto, como antes já os adverti: Aqueles que praticam essas coisas não herdarão o Reino de Deus."

Reitero ao leitor que o jejum não possui "poderes mágicos", pois de outra forma seria mera "simonia" que implicaria tentativa de manipular o poder e o agir de Deus. É preciso que exista uma compreensão clara de que em tudo, que fizermos ou buscarmos em Deus, será somente por Sua Graça, por meio da Fé em Cristo e em perfeita sintonia com o que diz Sua Palavra santa, que obteremos êxito na vida espiritual. Shalom!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Somos transportadores de glória ou condutores de conflitos?

   Autor: Teobaldo Pedro de Jesus.  Li o comentário de uma jovem acerca disso e ponderei um pouco. De fato, aqui na Terra como morada do Espírito Santo, somos "transportadores da glória do Pai por onde andarmos" . A pergunta que não quer calar, no entanto é a seguinte: O que estamos fazendo com isso? Muita gente já perdeu a percepção espiritual do que significa levar a glória de Deus através de sua vida por onde andar e passou a confundir isso com mero proselitismo, adoção de usos e costumes ou um "evangeliquês", muitas vezes irritante e completamente distante da prática na vida de quem o usa (e o que os faz parecerem hipócritas - e alguns de fato o são - ao dizerem uma coisa e viverem uma realidade oposta ao que pregam). Para outros um transportador da glória do Pai tem que se manter distante "dos imundos dessa Terra" para "se manter puro e santo". Ao agirem assim incorrem no grave erro se prejulgarem os demais se achando m

Púlpito: Palco de exibicionismo ou altar de transformação?

Teobaldo Pedro de Jesus Para muitos a prática tem sido a primeira opção. Muitos púlpitos se transformaram no lugar da encenação da Graça, da profanação da verdade e da mistificação da fé. Esse local sagrado de onde deveria emanar apenas a palavra, algumas vezes, se torna fonte geradora de ódios, torneira de ressentimentos e mágoas ou alvo de holofotes narcísicos, travestidos de espiritualidade, mas que não passam de neofarisaísmo pós-moderno , cujo objetivo mor é alçar à condição de estrelas pop-gospel seus ocupantes. Talvez por isso o que é mais almejado hoje, em detrimento do conselho do Apóstolo Paulo a seu discípulo Timóteo, não mais a missão do episcopado e pastoreio e sim aposição de destaque no rebanho. Muitos, apesar do discurso, não são mais servos e sim estrelas. Não mais amigos e sim dominadores, apesar de todas as recomendações do Apóstolo Pedro. Quando o púlpito se torna um palco se faz lugar de representação, disfarces e máscaras. A unção é substituída pela at