Pular para o conteúdo principal

O Preço de um Sonho.


Autor: Teobaldo Pedro de Jesus

Texto Base: Gênesis 37:18-20 - "E viram-no de longe e, antes que chegasse a eles, conspiraram contra ele para o matarem. E disseram um ao outro: Eis lá vem o sonhador-mor! Vinde, pois, agora, e matemo-lo, e lancemo-lo numa destas covas, e diremos: Uma fera o comeu; e veremos que será dos seus sonhos."

O mundo se incomoda com quem sonha. A Visão Celular é feita de sonhos e por sonhadores que exercitam fé no agir sobrenatural de Deus e persistem na busca dos ideais, mesmo em meio a lutas e adversidades. José do Egito era um sonhador por natureza. Deus o fez assim! Essa era sua natureza. De modo igual, o Espírito Santo que em nós habita nos habilita a sonhar os sonhos de Deus para a nossa vida. Isso significa buscar cumprir os planos e propósitos d'Ele dantes planejados para nós e nossos filhos.

Um sonhador é alguém capaz de visualizar o sonho como algo real, antes mesmo de torná-lo realidade. Não é um idealizador, planejador, um arquiteto de ideias ou um perseguidor de utopias, como um quixote louco. No entanto, para concretizar seus sonhos se requer convicção, preparo, pesquisa, planejamento estratégico e, sobretudo, tenacidade que é persistência na busca por um sonho ou ideal.

Todo sonhador é alguém que enxergou o futuro, antes dos outros,e vislumbrou uma realidade que ainda não aconteceu, mas que já é um fato em sua mente. Não é um utópico, mas um articulador de possibilidades existenciais pelo braço da fé e da crença inabaláveis de que é possível tornar o sonho real. Nenhum sonhador, em nenhum instante da História, chegou ao êxito sem que contasse com auxiliares que compartilhassem com ele do mesmo sonho, ideais e possibilidades. Todo sonho carrega implicitamente um preço a ser pago para ser real. Por isso, a partir da vida do nobre José, homem de Deus, farei algumas ponderações sobre cada preço que este pagou até ver seus sonhos tornados em realidade.

I - O preço da Incompreensão .

Poucos compreenderão de imediato teus sonhos. Aja como um cão que avistou sua presa e não descansa até a alcançar e dominar. Persiga-os com determinação. Persista lutando pelo que acreditas de verdade.

II - O preço da Inveja dos teus sonhos.

Existem sonhos os quais uma vez compartilhados despertam nos outros a seguinte pergunta: "Por que eu que tive essa ideia? Sou bem melhor que ele para levar adiante esse sonho." Por isso, cuidado com quem compartilhará teus sonhos. Eles podem ser roubados!

III - O preço da rejeição.

Assim como os irmãos de José fizeram com ele, e por razões mesquinhas, muitos te desprezarão. Não se vitimize por causa disso. Persista e lute! Teus opositores irão aprender contigo em breve. Não se importe!

IV - O preço de ser "vendido" aos teus adversários.

A traição nasce da inveja, da cobiça, da falta de aliança ou pela total ausência de amor. Os irmãos de José o venderam como escravo. Muitos entregarão você à própria sorte te deixando para trás. Não se esqueça somente você pode aniquilar o sonho dentro de si e mais ninguém.

V - O preço de ficarmos presos e paralisados por coisas, pessoas ou circunstâncias surgidas em nossa vida.

Quando isso ocorre é como se fôssemos escravizados por outrem em nossa mente. Não desista dos teus sonhos, pois eles se cumprirão na medida exata da tua fé e fidelidade ao Pai.

VI - O preço do esquecimento após as bondades feitas a alguém que poderia te auxiliar a realizar teus sonhos, mas te nega ajuda.

Não se abata se gente a quem você um dia ajudou ou foi leal se esqueceu de você. Deus, que tudo vê, um dia te recompensará. Não fique prostrado se lastimando por ter sido ignorado ou esquecido por quem quer que seja. Reaja a isso, vá e lute.

Conclusão.
1. Todo preço pago um dia trará consigo a conquista como recompensa.

2. O preço pago redundará na maturidade, sob a forma da experiência que ratificará sua capacidade e excelência na execução de sonhos.

3. O preço pago retornará sob a forma de reconhecimento e honra por aqueles que já te fizeram sofrer. Aja como José e os perdoe.


Pastor Teobaldo - Juazeiro - BA.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Somos transportadores de glória ou condutores de conflitos?

   Autor: Teobaldo Pedro de Jesus.  Li o comentário de uma jovem acerca disso e ponderei um pouco. De fato, aqui na Terra como morada do Espírito Santo, somos "transportadores da glória do Pai por onde andarmos" . A pergunta que não quer calar, no entanto é a seguinte: O que estamos fazendo com isso? Muita gente já perdeu a percepção espiritual do que significa levar a glória de Deus através de sua vida por onde andar e passou a confundir isso com mero proselitismo, adoção de usos e costumes ou um "evangeliquês", muitas vezes irritante e completamente distante da prática na vida de quem o usa (e o que os faz parecerem hipócritas - e alguns de fato o são - ao dizerem uma coisa e viverem uma realidade oposta ao que pregam). Para outros um transportador da glória do Pai tem que se manter distante "dos imundos dessa Terra" para "se manter puro e santo". Ao agirem assim incorrem no grave erro se prejulgarem os demais se achando m...

A arrogância de Hamã e a Vitória de Mardoqueu

Uma metáfora para os dias de hoje? Parte 1 - A arrogância de Hamã - Hamã era o Primeiro-Ministro do Rei da Pérsia e odiava certo judeu chamado Mardoqueu que ajudara a desmantelar um golpe contra o Rei. Cheio de ódio Hamã traçou um plano maligno para destruir a vida de Mardoqueu e por tabela destruir todos os judeus. O plano estava bem tramado e urdido de tal forma que tudo levava a crer que não haveria saída para os judeus em todo o império e eles seriam destruídos e exterminados da face da Terra para sempre. O que Hamã não contava era com a soberania de Deus e sua arquitetura planejada na eternidade para proteger os que O ama e servem com fidelidade. Tempos antes a Rainha Vasti havia desagrado ao rei e foi destronada. Houve uma espécie de concurso para escolher uma nova rainha e a escolhida foi Hadassa (ou Ester), a qual era judia e ninguém na corte o sabia. Chegando próximo da data do extermínio Ester se apresentou ao Rei, sem convite o que poderia levá-la à morte, foi po...