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Quando ser ridículo se torna a regra

Autor: Teobaldo Pedro de Jesus.

O senso do ridículo está, aos poucos, perdendo o seu sentido, a sua razão junto com o motivo para existir em nossa sociedade dita pós-moderna. Já não se respeita autoridades, instituições (como a Família e a Igreja, por exemplo), sob a forma de desonra, violência ou zombaria. As pessoas já não têm tanta preocupação com a exposição negativa de suas intimidades e alguns até a produzem propositalmente.

Não pretendo condenar o uso eventual do humor, sob a forma de charges ou apresentações artísticas, pois me refiro ao fato de quando o ser e agir de modo ridículo perde a compostura e invade toda a cena social, desde os mais simples aos mais elevados na hierarquia de uma organização social..

Atualmente o ridículo está em alta, e em especial na Televisão e Internet. Ele invade a cena familiar e privada para expor, quase sempre, de maneira desastrada e preferencialmente constrangedora, a intimidade das pessoas. E isso tão somente em busca de atenção pÚblica. Quando um grupo civilizado se comporta assim é um claro sintoma de uma estrutura social que, embora se proclame livre e libertária estará na verdade prisioneira de seu próprio cinismo e relativismo ético que a ninguém respeita. Nem mesmo a si próprio.

 "Ser moderno" implica, para alguns, ser desprovido de qualquer senso crítico que permita analisar e, se preciso, reformar a ordem social. Acham as regras do comportamento social, hipócrita, limitadora e asfixiante. E a fome por essa pseudo libertação sempre se reinventa a cada espaço libertino conquistado na permissividade  perversora social. Na prática querem um convívio social que seja um grande carnaval.

Ora, o carnaval, a festa pagã e libertina da carne, é também da liberalidade permissiva sexual e dos exageros comportamentais tolerados.. Pois bem, querem que os outros 360 dias se tornem iguais a estes nos quais (quase) "tudo é livre, aceitável, tolerado e permitido", dando assim um "aval à carne" para que busque realizar e satisfazer todos seus desejos e instintos básicos mais vis, obscuros e pervertidos."

O mundo caminha, e a passos rápidos, para uma nova (des)organização da estrutura civilizada por meio da destruição de valores milenares e das regras da boa conduta social, pois as  considera obsoletas e por isso mesmos, necessitam serem extirpadas do tecido social, na visão dos defensores de uma nova ordem social, por meio de leis, novas regras e mudança de costumes.

O carro chefe na (des)construção desse novo modelo de civilização "tolerante e permissiva", com um novo sistema de valores de convívio e interatividade social é a chamada "Grande Mídia". Estejamos atentos a ela com suas artimanhas manipuladoras do pensamento social e na formação da opinião publica. Filtremos o que nos alcança, atinge, influencia e molda comportamentos, em nós e em nossos filhos, e que se revele perigoso. Pensemos nisso!

Pastor Teobaldo - Juazeiro - BA

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