Pular para o conteúdo principal

Qual a dor que dói mais?

Autor: Teobaldo Pedro de Jesus.

A resposta é muito simples: É aquela que dói em mim. E nisso não há nenhuma demonstração de egoísmo. É que aquilo que nos incomoda intimamente, mais que próximo é pessoal e, é parte de nós mesmos. Daí compreender a extensão de nossa própria dor é fundamental para irmos à raiz de sua origem e, assim, extirpá-la de uma vez por todas de dentro de nós.

Por outro lado, perceber a minha própria dor implica estar consciente de que outros também vivenciam dores íntimas e pessoais, talvez até mais profundas, avassaladoras e intensas que a minha. Disso nasce um compromisso e dever moral de, ainda que não sentindo a dor alheia, admiti-la e reconhecê-la-la no outro que afirma tê-la. 

E por isso mesmo,  tal qual desejo ser compreendido em relação à  dor que me angustia - quer no corpo ou na estrutura psíquica - devo objetivamente compreender, respeitar e , se possível, até ajudar o outro na superação da sua própria dor. Chamamos de empatia relacional a essa capacidade, "quase surreal", de se identificar com o que o outro sente como se nosso o fosse. E somente vivendo no mundo assim, de modo interativo e interresponsável, seremos capazes de viver melhor como pessoas em sociedade.

Um abraço fraternal e solidário. Pense nisso e compreenda melhor a dor alheia.

Pastor Teobaldo - Juazeiro-BA

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Somos transportadores de glória ou condutores de conflitos?

   Autor: Teobaldo Pedro de Jesus.  Li o comentário de uma jovem acerca disso e ponderei um pouco. De fato, aqui na Terra como morada do Espírito Santo, somos "transportadores da glória do Pai por onde andarmos" . A pergunta que não quer calar, no entanto é a seguinte: O que estamos fazendo com isso? Muita gente já perdeu a percepção espiritual do que significa levar a glória de Deus através de sua vida por onde andar e passou a confundir isso com mero proselitismo, adoção de usos e costumes ou um "evangeliquês", muitas vezes irritante e completamente distante da prática na vida de quem o usa (e o que os faz parecerem hipócritas - e alguns de fato o são - ao dizerem uma coisa e viverem uma realidade oposta ao que pregam). Para outros um transportador da glória do Pai tem que se manter distante "dos imundos dessa Terra" para "se manter puro e santo". Ao agirem assim incorrem no grave erro se prejulgarem os demais se achando m

Púlpito: Palco de exibicionismo ou altar de transformação?

Teobaldo Pedro de Jesus Para muitos a prática tem sido a primeira opção. Muitos púlpitos se transformaram no lugar da encenação da Graça, da profanação da verdade e da mistificação da fé. Esse local sagrado de onde deveria emanar apenas a palavra, algumas vezes, se torna fonte geradora de ódios, torneira de ressentimentos e mágoas ou alvo de holofotes narcísicos, travestidos de espiritualidade, mas que não passam de neofarisaísmo pós-moderno , cujo objetivo mor é alçar à condição de estrelas pop-gospel seus ocupantes. Talvez por isso o que é mais almejado hoje, em detrimento do conselho do Apóstolo Paulo a seu discípulo Timóteo, não mais a missão do episcopado e pastoreio e sim aposição de destaque no rebanho. Muitos, apesar do discurso, não são mais servos e sim estrelas. Não mais amigos e sim dominadores, apesar de todas as recomendações do Apóstolo Pedro. Quando o púlpito se torna um palco se faz lugar de representação, disfarces e máscaras. A unção é substituída pela at