É exatamente nisso que reside a intolerância: Na dificuldade de aceitar conviver com o diferente. Tolerância não é concordância, é respeito ao outro com suas ideias e escolhas, mesmo que contrárias às nossas. Quando queremos que o outro se ajuste ao nosso modo de ver, conceber e entender as coisas e não nos conformamos com o diferente, a opinião ou ação que difere da nossa, surge a intolerância. E disso nascem conflitos ideológicos os quais muitas vezes dão à luz conflitos físicos que resultam em vários tipos de morte, desde a relacional-emocional até à morte física, gerada a partir da dificuldade de aceitação do outro.
Somos uma civilização global e portanto, plural. Aprender a conviver em sociedade implica compreender que pessoas podem pensar, ser e agir diferente de daquilo que entendemos e aceitamos como certo. Isso não significa que terei que aceitar o modo de pensar, ser e agir do outro, pois tenho legítimo direito de me opor ideológica e conceitualmente a qualquer ideologia. Contudo, isso deve correr no ambiente do debate de idéias que afloram sob um contexto de respeito mútuo onde prevalecerá aquele que tiver maior e melhor poder de articulação e argumentos.
Não haverá vencidos ou vencedores enquanto prevalecer o debate sadio, adulto e responsável, com a troca de ideias, e não de farpas movidas por motivações passionais. É possível sim, e siso não é utopia, se conviver no mundo desse modo.
Não há um indivíduo mais perigoso a ser temido do que aquele que possui o poder das ideias e dos argumentos que desconstroem os fatos. A esse sim, se deve temer. Portanto, use o poder das palavras e a mobilização da articulação social, como agentes de transformação social, mas sem desrespeitar, ferir, magoar ou desprezar o outro apenas porque pensa, sente ou age diferentemente de você. Pensemos nisso! Shalom!
Pastor Teobaldo - Juazeiro - BA
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