Autor: Teobaldo Pedro de Jesus
É possível "reciclar a dor" e torná-la um adubo fértil que nos faça crescer emocional e espiritualmente. Tudo dependerá do olhar que lançarmos sobre tais situações, as lições que iremos tirar de cada situação e a prudencia efetiva que adotaremos em circunstâncias futuras. Fui a um evento no qual, dentre outras coisas, aprendi uma lição sobre isso. Avaliar o que nos aconteceu e ponderar sob vários ângulos, pacientemente. Isso pode nos induzir ao crescimento pessoal necessário para, pelo menos, minimizar a dor e o sofrimento em nossa alma. Para crescermos em meio ao sofrimento é preciso alguns passos. Direi quais:
O primeiro olhar tem que ser em relação a nós mesmos, onde erramos, o que poderíamos ter feito ou dito de modo diferente e o que podemos ainda fazer para melhorar a realidade ora analisada. A segunda coisa é que precisamos nos colocar no lugar do outro e tentarmos ver o problema sob o seu ponto de vista, tentando pensar e sentir como este o faria. Tal exercício é dificílimo e exige um enorme esvaziamento de nossas vaidades pessoais, movendo nosso ser em amor e compaixão relacional, com um sincero e profundo desejo real de mudança que transforme a realidade relacional. Em terceiro e último lugar, devemos assumir uma postura mental e emocional de observamos o fato como uma terceira pessoa, neutra e emocionalmente distante daquilo que causou ou ainda causa o sofrimento, observando com uma visão lógica e pragmática, sem envolvimento passional.
Feito isso, nessas três zonas de observação e ponderação de si mesmo e do outro, devemos escolher o que fazer dentro do que der para tentarmos minimizar o impacto do que nos causa dor, sofrimento e angústia naquele momento, pela aceitação da realidade do possível, ou seja, daquilo que ainda podemos fazer em relação ao fato passado no presente, projetando assim algo novo em nosso futuro relacional que ainda está por vir e o qual podemos modificar, a depender de nossas escolhas, atitudes e principalmente de nossas reações ao que nos sobrevier.
É isso aí, sofrer é inevitável. Viver preso a isso, não. Reflita no que eu disse acima e receba um abraço fraterno, carinhoso e acolhedor.
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