Autor: Teobaldo Pedro de Jesus.
Tal comportamento é insensato! Eu apoio e incentivo o combate à obesidade como forma preventiva de cuidar da saúde do corpo, pois é uma prova de inteligência e sensatez. Porém, o exagero compulsivo e autodestrutivo na busca da magreza como forma se fazer bonita aos olhos do mundo pode acabar por se constituir em um gravíssimo problema.
O conceito estético de beleza muda a cada geração. Na idade Média eram "as cheiinhas" que estavam em alta. Duvidas? Observe os quadros da Renascença. Eram as gordinhas que eram as belas. Observe a Monalisa, por exemplo, de Michelangelo. Essa ditadura da magreza não vai durar para sempre. Essa tendência vai mudar e não irá demorar. E um dos motivos para que eu afirme isso é que o mundo, o ocidental pelo menos, está se tornando cada vez mais obeso. E isso imporá à industria da moda uma reestruturação e adaptação ou não sobreviverá sendo absorvida por uma "sub-moda" oriunda das necessidades reais de consumidoras cada dia mais rechonchudas.
No entanto, o fato de não incentivarmos a chamada "ditadura da beleza", não pode olvidar a seriedade da necessidade de políticas públicas, primeiro de conscientização e depois de combate à obesidade progressiva e crescente no seio da nossa população, como um caso de relevante importância a ser tratado pelas autoridades de saúde com a gravidade que o caso requer. A obesidade é considerada doença pela OMS - Organização Mundial de Saúde, pois mata quase 3 milhões de pessoas por ano. Ela pode levar seu portador a desenvolver doenças cardiovasculares, diabetes, AVC, hipertensão arterial e inúmeras outras patologias clínicas que podem, eventualmente, conduzir a morte. E isso não pode ser desprezado nesse debate que ora empreendemos aqui em relação à beleza do corpo.
Por outro lado, acredito que não só mulheres, como os homens também, têm sido vítimas de uma exacerbada e acentuada cultura de culto ao corpo, numa evocação antropocêntrica alimentada, pela Mídia em geral, e essa fomentada pelo sistema capitalista que precisa gerar, desde a mais tenra idade, a ilusão da beleza baseada em mera forma estética para, assim, manter a sequência de uma casta de consumidores compulsivos que compram e, em pouco tempo, descartam tudo numa contínua busca pela "perfeição", mesmo sabendo que jamais a alcançarão, uma vez que a necessidade do novo sempre existirá para todos eles.
Portanto, pensemos em nossa saúde e não em nossa mera aparência a qual inexoravelmente mudará com os anos. E essa busca desenfreada pela beleza física aparente, sob a forma da estética da magreza, isso um dia passará. A beleza desenfreada por ser belo aos próprios olhos e dos outros, o culto ao corpo e etc tudo passará e isso como objetivo maior de vida é tolice. Porém, ter a busca de um equilíbrio no peso por razões de saúde, sobrevivência e longevidade é louvável. Oremos por nossos filhos(as). Um Abraço para todos e pensemos nisso! Shalom!
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