Que fazer quando o ânimo e a força de vontade de lutar se vão?
Autor: Teobaldo Pedro de Jesus
Esta pergunta inquieta a muitos de nós: O que fazer quando sabemos a coisa certa a ser feita, mas não conseguimos e não sentimos absolutamente nenhuma reação diante de tal situação? E pior, sabemos que isso se dá porque o que sentimos dentro de nós é como se já não houvesse ânimo algum, nem força de vontade ou mesmo não houvesse mais vida em nós e na alma sentimos o fracasso personificado, enraizado e assumindo, quase que plenamente, o controle de nosso ser em todos os aspectos.
Que fazer diante disso? Qual a saída?
A resposta não é tão fácil. Nunca o foi e jamais o será. Até porque cada História de Vida é única, singular e possui nuances diferentes que a distinguem das demais. Observar tais detalhes, e se ater a eles no aspecto de identificá-los, descobrir suas origens, raízes ainda hoje presentes no ser e o que de bom ou ruim produzem na alma, a meu ver, seria um primeiro e significativo passo na busca de uma possível solução.
O desânimo e o desinteresse costumam ser ante-salas de um possível processo depressivo. Ocorre, geralmente, na vida de quem já sofreu ou fracassou tanto na vida que não se sente mais em condições de lutar ou ser alguém merecedor e digno de vitória. Tal estágio, de conformação e desistência, muitas vezes mascara uma profunda tristeza, angústia e aflição na alma de quem o experimenta, podendo, a médio e longo prazo, acarretar conseqüências psíquicas danosas, se nada for feito a tempo.
O ideal é que se busque ajuda, e de preferência profissional ou um bom, confiável e maduro ombro amigo, que possa nos ouvir e as qual espelho nos ajude a refletir sobre nós mesmos nos levando a assumir nossos erros, culpas e fracassos, buscando um redirecionamento e mudança de atitudes na vida. Mas isso feito sem um sentimento de autopiedade que esconda uma atitude de vitimização que nos faça sentir inferiores e perdedores.
Ninguém nasce perdedor ou vencedor. São nossas atitudes, escolhas prévias ou reações posteriores aos fracassos e êxitos que determinam tais processos em nossa vida. Grandes homens do passado foram tidos como perdedores durante muito tempo. Mas, conseguiram ser resilientes, ou seja, tiveram um surpreendente poder de reação positiva ante as perdas, e se reinventaram para ressurgirem tempos depois como exemplares vencedores, capazes de oportunizar e transformar a dor ou revés em adubo fértil para o crescimento de um novo e vitorioso ser, bem mais humano, maduro, experiente e capaz de se aceitar nos erros e celebrar nas vitórias com igual serenidade.
Tornar-se um vencedor ou perdedor será uma escolha constante na vida de qualquer um de nós. Escolha a rota da reinvenção de si mesmo. Comece por fazer um inventário de sua vida. Depois debite de si as coisas que só te trazem atraso e credite as que te puxam para cima e tornam você alguém melhor. Confie em Deus, acredite em seu potencial e vá à luta. Shalom!
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