Quem semeia honra, colhe honra. Quem planta desonra, isso colherá.

Protegendo as emoções para preservar a alma.

Autor: Teobaldo Pedro de Jesus

 "Ele conhece a nossa estrutura, e sabe que somos pó"  - Salmos 103:14.

A emoção humana surge na alma e esta é como um receptáculo.

 A alma é como "um recipiente" onde se instalam e guardam emoções, sentimentos, sonhos, desejos e afins.É nela que habita a sede dos desejos e sonhos. É nela também onde projetamos as coisas que esperamos que nos aconteçam ou façam conosco. Tais expectativas, uma vez frustradas, produzem em nós um desencadear de reações comportamentais imprevisíveis e traumáticas.

É preciso identificar as áreas de nossa alma nas quais ainda somos frágeis para em seguida blindá-las com a armadura da autoconfrontação que produza em nós uma aceitação da realidade possível ou já real em nós, fazendo assim com que a dor "doa menos" e a provável sensação de rejeição e abandono, caso seja instalada, já não nos afete tanto.

Já nascemos chorando. E se por um lado é preciso expandir os pulmões aprendendo a respirar do lado de fora, é também um processo de recusa do abandono da zona de conforto que é o útero para adentrar em um mundo estranho. Barulhento, luminoso, diversificado e vivo.  Assustador! Como a vida o será. Isso, na infante e incipiente mente, faz um atordoar dos sentidos, compensado quando surge o aconchego dos acolhedores braços maternos e seios liberando o leite que nutre, propiciando a primeira sensação pós-uterina de proteção e prazer.

Daí em diante, pouco a pouco, iremos descobrir que nem sempre teremos isso: Proteção e satisfação. O que fazer então neste mundo cada dia mais competitivo, frio e calculista, egoísta, aparentemente indiferente ao outro e quase que totalmente insensível?

Penso que o melhor seja mesmo se proteger criando “zonas de blindagem”, modos diferentes de se conduzir, portar, agir e reagir ao que nos cerca. Não precisamos estar presos ao modelo que o secularismo nos impõe ou que a vida que tivemos até aqui nos sugere como ideal.

Penso que podemos sim, nos auto-impor limites, regras e novos conceitos para, assim, sofremos menos com as dores as quais, inevitavelmente, nos tomarão de assalto. Fique na paz e na proteção Daquele que é o nosso Escudo e Fortaleza.