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As Lições de Bernardinho.
Autor: Teobaldo Pedro de Jesus
Técnico da Seleção masculina de vôlei, vitorioso e considerado por muitos o mais completo de todos, Bernardinho deu entrevista após perder a medalha de ouro para os russos. Visivelmente aborrecido, mas contido, ele lamentou o fato de seu time, em dois sets, ter tido a chance de fechar a partida e levar o ouro. Triste mesmo foi constatar que o elenco cometera erros primários por não conseguir conter as emoções abaladas ante o crescimento do adversário. Segundo ele “essa partida será vista, revista e estudada em cada detalhe por muito tempo.” Gostei do que ele disse, pois está certíssimo.


Precisamos aprender a crescer em meio às nossas más escolhas constatadas, perdas, fracassos, infortúnios, decepções ou derrotas. Nada será de todo mal em nossa vida se algo de bom for retirado de cada experiência vivida. Um exemplo disso é o estrume dos animais e o uso sábio que lhe foi dado. Um dia alguém percebeu que ele servia para que as plantas crescessem fortes, saudáveis e mais produtivas. Nascia ali a agricultura especializada. Hoje estrume continua estrume, mas dele até combustível se fabrica. E o seu uso se multiplicou, pela capacidade do homem de se reinventar e tirar o melhor proveito de cada situação.


A grande lição do Bernardinho é essa capacidade de reinventar seu time a partir do fracasso. Fracasso não é derrota quando dele tiramos lições que possam nos levar ao topo no futuro. A capacidade humana é quase infinita, pois o Criador nos deu inteligência e junto com ela criatividade inventiva. Recriar-se é assumir seu lugar na História e ser capaz de coordenar sua vida, em especial suas emoções, de tal forma que transforme seus erros em uma enciclopédia de autoaprendizagem sobre si mesmo. Uma espécie de manual do “como não fazer as coisas”. Quem se reinventar, irá soerguer dos escombros emocionais e ressurgirá vitorioso.


Um exemplo disso em nossa História recente é o ex-presidente Lula. Derrotado três vezes, na quarta tentativa ele se reinventou. Abandonou o radicalismo, fez alianças outrora rejeitadas e chegou ao poder. O que tento dizer é que “quem não se adapta, não se alinha e não se renova no cenário contextual do mundo moderno, ficará para trás. Vira dinossauro humano e jamais conseguirá  chegar a lugar algum de verdade.


Pare! Pondere com isenção de ânimos acerca das escolhas que já fez em sua vida até hoje. Não fuja de falar, recordar e principalmente (re) avaliar perdas e danos gerados em cada escolha ou caminho tomado na vida. Depois pese na “balança do bom senso” e decida o que for melhor para você. Mas, atenção: Só será melhor aquilo que te faz bem,  torna mais digno, aceitável, próspero e, sobretudo livre do peso da culpa na alma, que corrói e tira o sono. Avance com dignidade e liberdade. Reconstrua-se e ouse ir além Você é capaz e consegue! Eu creio nisso.

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